Como fazer a viabilidade econômica de uma empresa? 7 passos práticos

Há muitas ideias e expectativas que passam na cabeça daqueles que consideram expandir ou mesmo iniciar um novo negócio. Contudo, poucos se dão conta de que a má gestão, a falta da viabilidade econômica e organização de uma empresa são as principais causas do seu fracasso prematuro.

Para que a organização tenha sucesso, é importante que o gestor faça uma análise de viabilidade do que pretende fazer. 

Na ausência de tal análise, o empresário deixa de agir estrategicamente e torna-se refém de situações adversas, agindo apenas para resolver os problemas que surgem. 

Através do diagnóstico da viabilidade econômica, o empresário terá os conhecimentos necessários para saber se os seus investimentos serão rentáveis e terá a certeza de que o seu negócio será frutífero no futuro.

Neste post você irá aprender o que é uma viabilidade econômica, qual o valor para fazer um estudo eficientemente, como pode ser feito na sua empresa, quando é necessário e os passos chave para iniciar a exploração. 

Continue lendo! 

 

O que é viabilidade econômica?

Se você estiver pensando em fazer uma análise de viabilidade econômica, vale lembrar que cada investimento, portanto, deve ser inicialmente analisado para saber se é viável ou não.

De forma resumida, este estudo de viabilidade compara os retornos que se tem como possibilidade de obter com os investimentos realizados.

A partir daí é possível saber se o investimento vale ou não a pena, uma vez que a viabilidade econômica estima todo o investimento elementar para um plano de:

Capital;

Rendimentos;

Despesas;

Desembolso.

A viabilidade econômica, por outro lado, examina os custos e benefícios do plano, ou seja, se a iniciativa é ou não economicamente viável.

 

Qual é a importância da viabilidade econômica?

Muitas vezes, no momento de fazer um investimento, as organizações não têm uma ideia completa das vantagens ou desvantagens de certos projetos.

 Com a análise da viabilidade econômica é possível estimar:

Que lucro será obtido

Quanto tempo levará para obter esse retorno

Qual é a produtividade do investimento

E se o plano é realmente possível ou se trará perdas.

 

Com as projeções, a previsão da produtividade baseia-se em estatísticas, o que permite uma visão da empresa no presente e no futuro. Esta informação é, portanto, necessária para a gestão financeira.

Além de o estudo de viabilidade econômica servir para saber se qualquer plano de investimento é viável, ele também serve para aumentar a área de operação da empresa, ou seja, para ver se é possível expandir o negócio.

Assim como serve também para situações anteriores ao lançamento de novos produtos, ou para compreender se o mesmo trará retorno e até mesmo para gerar um novo público-alvo para o negócio em questão.

 

Quer saber como você pode começar a praticar uma boa gestão das suas finanças pessoais? Clique aqui e confira também as 8 dicas que preparamos para você.

 

Previsão de retorno

Primeiramente, com projeções baseadas em números e estatísticas,é mais fácil prever o retorno potencial real de um determinado plano.

Tais dados também lhe permitirão saber quanto tempo levará para recuperar o capital investido e avaliar como será o negócio num horizonte mais distante, tal como, daqui a 4 ou 5 anos. 

Este tipo de informação é essencial para a gestão financeira eficiente de qualquer organização.

 

Pedido de investimento

A análise de viabilidade econômica também pode ser exigida pelas instituições financeiras quando se inicia uma linha de crédito empresarial. 

A partir desta informação, o banco avalia se deve ou não liberar o crédito, com base na previsão de produtividade.

Para ser eficaz, a análise de viabilidade econômica deve considerar vários componentes, que têm potencial para serem mais ou menos importantes de acordo com a natureza do plano que está a ser avaliado. 

Por isso, cada análise é única e deve ser feita para cada projeto antes da sua implementação.

 7 passos para realizar uma boa análise de viabilidade econômica

1. Analisar o mercado

O primeiro passo para a análise é fazer um estudo do mercado em que se pretende operar. Além disso, é necessário fazer uma idealização estratégica da empresa.

A coleta de informação sobre a área ajuda não só a compreender a competição, mas também a conhecer a produtividade média habitual de outras organizações no mesmo ambiente.

Desta forma, você poderá projetar as suas receitas e custos, compreender as sazonalidades e as influências econômicas.

 

2. Identificar todos os custos

Nesta altura, você deverá identificar todos os custos envolvidos na idealização, desde os investimentos até aos custos operacionais e fiscais.

Para que a projeção esteja próxima da verdade, é necessário considerar custos fixos – tais como aluguel, eletricidade ou salários – e custos de mudança, que dependem diretamente da produção, assim como taxas, comissões e matérias-primas.

Os custos, por outro lado, não permanecem diretamente associados ao processo de produção, mas destinam-se, em última análise, a aumentar os lucros da organização.

Alguns tipos de custos fixos nas organizações são:

Aluguer de mobiliário e bens imobiliários;

Salários dos empregados, assistentes e administradores;

Contas de água, electricidade, gás e internet;

Impostos fixos e variáveis;

Externalização de serviços.

 

3. Realizar uma projeção de lucros 

Este passo é primordial para concepção se o plano deve ou não ir para a frente. 

Para isso, os lucros do comércio têm de compensar os custos, de modo que o tempo necessário para recuperar o investimento seja aceitável.

Em seguida, o público alvo, localização, alcance e taxa de conversão dos consumidores precisam ser considerados.

A investigação de dados sobre outras organizações que operam em campos semelhantes também ajuda a gerar uma projeção mais concreta.

Esta projeção deve também considerar todos os diferentes cenários prováveis de custos, que deverá ser definida pelo empresário. 

Desta forma, os padrões de risco são reduzidos, uma vez que o gestor terá planejado antecipadamente o que terá de fazer em todos os cenários possíveis.

 

4. Fazer uma projeção de fluxo de caixa

Com todos os dados sobre receitas, custos e orçamento em mãos, você pode projetar o fluxo de caixa da sua organização. 

Dessa forma, poderá obter uma estimativa das entradas e saídas de rendimentos, dos prováveis saldos futuros e do capital que terá em sua organização dentro de um a dois anos.

 

5. Separar os grandes investimentos

A implementação de qualquer plano requer investimentos iniciais, mesmo que o montante seja mínimo. 

Portanto, saiba quanto precisará no início para cobrir certos custos e faça um estoque inicial de títulos. 

Isto lhe dará a possibilidade de cobrir os custos e despesas iniciais.

 

6. Considerar imprevistos

O conselho acima é também essencial em caso de acontecimento de imprevistos. 

Assim como, mesmo que tenha investidores desde o início, é essencial fazer uma reserva.

Porque em tempos de crise, necessidades de emergência ou mesmo perda de investidores e financiamento, você terá capital poupado para manter o negócio funcionando.

 

7. Análise de indicadores

Existem certos indicadores econômicos que você têm a possibilidade de obter através da análise de viabilidade econômica e que também o ajudarão a julgar se o investimento vale ou não a pena.

Veja os principais logo abaixo!

 

Valor atual líquido – VAL

Mostra, ao longo do tempo, que os resultados alcançados foram economicamente positivos com base na comparação entre o capital investido e as despesas de capital envolvidas.

 

Taxa Interna de Retorno – TIR

Dá uma perspectiva mais ampla sobre a produtividade dos investimentos com base no fluxo de caixa independente. 

Portanto, a taxa é medida em percentagem, o que permite uma comparação com outros tipos de investimento de uma forma mais clara.

 

Indicador de Produtividade de Capital – CRI (ou Payback)

Sugere em que ponto o fluxo de caixa passa de negativo a positivo e o investimento se torna rentável. 

Com outras palavras, é o período de tempo para a empresa fazer um retorno.

 

Taxa mínima de atração – MAT

Representa o custo mínimo para que o investidor tenha êxito na realização do investimento, ou quanto é sugerido para pagar pelo financiamento. 

Ele estima o custo do dinheiro através do tempo e dos riscos do mercado.

Em suma, tais indicadores orientarão o gestor através da investigação da viabilidade econômica, permitindo uma perspectiva mais ampla do potencial retorno do investimento. 

Para tal, todos eles precisam de ser colocados numa folha de cálculo eletrônico que será consultada se quiserem fazer novas visualizações e atualizações.

 

Quando devo fazer uma análise de viabilidade econômica?

Esta análise deve ser feita não só antes de se iniciar um negócio, mas também quando surgir a necessidade de novos projetos.

 Existem vários momentos oportunos para a sua aplicação, como por exemplo:

Quando aumentar o setor de atividade;

Ao criar um novo público alvo;

Antes de lançar novos produtos.

Portanto, não consultar a análise de viabilidade econômica e financeira significa aceitar perigos e optar por perdas futuras.

 

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Esta é uma ferramenta essencial para todo e qualquer projeto, afinal de contas, fazer um mau investimento pode lhe trazer grandes prejuízos financeiros.

Com essa ferramenta é possível fazer uma análise completa utilizando-se de vários indicadores e métodos que lhe ajudarão a decidir se avança ou não com o negócio. 

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Portanto, é notável que a análise de viabilidade econômica acima referida seja primordial para uma empresa diminuir os perigos nos seus projetos de investimento e conhecer melhor a produtividade e o retorno dos seus investimentos.

Pois, além de minimizar os riscos, esta análise assegura uma maior assertividade nas táticas financeiras, aumentando as vantagens e evitando perdas prováveis.

Assim, a análise de viabilidade econômica é um instrumento necessário para as organizações e que muitas vezes acaba por ser negligenciado, não recebendo o seu devido custo, o que pode levar a perdas ou resultados negativos.